Mesmo à distância continuamos todos juntos...

A minha rotina diária na quarentena


O meu dia em plena quarentena

Acordo pelas 8 horas, visto-me e faço a minha cama. Depois faço a minha higiene pessoal e desço para tomar o meu pequeno almoço. uma torrada com um sumo de laranja natural. Às 9 horas iniciam as aulas. Às 10:30 tenho um pequeno intervalo até ás 11:00, o qual aproveito para dar comida aos meus cães, lanchar e falar com os meus amigos. Sobram-me sempre 5/10 minutos que aproveito para descansar. Volto às aulas às 11horas e termino às 12h30. Terminada a manhã e as aulas síncronas, almoço com os meus pais e minha irmã. Quando tenho tempo, no final de almoço, adianto alguns trabalhos. Da parte da tarde tenho aulas assíncronas, autónomas onde realizo todas as tarefas. As aulas terminam às 15h45. A partir dessa hora descanso e como tem estado muito calor tenho ido para a piscina e aproveito para apanhar sol, brinco com os meus cães e estou com a minha família. Aos fins de semana aproveito para descansar e se possível sem livros! Passear os meus cães, estar com a minha irmã, estar com as minhas primas e família são coisas que costumo fazer. Tenho aproveitado estes dias que têm estado bonitos para ir ate a piscina, apanhar sol. Costumo também, ao domingo, ir à padaria tomar o pequeno almoço com a minha família ( Mãe, Pai e Irmã). Da parte da tarde como tem estado bom tempo, temos ido passear à beira mar, com os devidos cuidados, como é obvio.

Bruna Brito


Entrevista ao bisavô

A nossa quarentena até pode estar a correr bem, e como será que está a correr a de quem não a percebe bem, a de quem é mais idoso? Para responder às minhas dúvidas entrevistei o meu bisavô, Fernando Nunes de 78 anos.

Olá vô tudo bem? Posso fazer-te um entrevista sobre a tua quarentena e as tua idas ao hospital?

Sim, sim!

Então, desde quando é que começou a tua quarentena rigorosa?

No final de março ou no incio de abril, por aí.

De dia ias para um centro de idosos; como fazes agora?

No inicio elas, as senhoras vinham cá a casa para nos ajudar. Ajudavam-nos a dar banho e traziam-nos a comida. Mas como pertenço ao grupo de risco, neste momento somos ajudados em tudo pelos filhos, como sabes.

Quais são os cuidados e as coisas que mais fazes enquanto estás em casa?

Eu lavo as mãos muitas vezes, nunca na minha vida lavei tanto as mãos! Ahahaha!Vejo todos os dias todos os telejornais, para estar a par das notícias e ligo várias vezes ao dia aos meus filhos para não me sentir sozinho. Também ando pela casa eu dou várias voltas ao corredor e à cozinha para me manter ativo e "não me esquecer de andar", digámos assim!

Como é que são as tuas idas ao hospital, para as tuas consultas?

Eu vou algumas vezes por mês ao hospital, por causa dos meus problemas de saúde. Vamos sempre na ambulância, pois acho que eles têm mais cuidado. Desinfeto as mão várias vezes e quando chego a casa tomo um banho e a minha roupa vai para lavar.

Olha de que tens mais saudades de fazer?

O que eu tenho mais saudades... ahhh... se calhar de pegar no meu carro e ir até à pastelaria para tomar o pequeno-almoço fora e ficar lá a manhã inteira, aiii!

Por fim, qual é mensagem que queres passar para os jovens e para todos?

Para ficarem todos em casa, esperar, e respeitarem os outros.

Obrigada vô pela tua ajuda.

De nada!

A nova realidade: retratos da nossa rotina 



Entrevista a Cláudia Belchior, diretora pedagógica do Colégio Marca


Como é recém-mamã e diretora pedagógica em tempo de pandemia?

           Diretora Cláudia, como é ter um bebé em tempo de pandemia?

Ninguém estava preparado para ter que viver uma pandemia. Costumo dizer que não é tempo para nascer, nem morrer. Ter um filho nesta fase não é solitário. No parto houve muitas restrições; o pai nem sempre pode assistir e estar perto; usar máscara durante a permanência no hospital e não receber visitas, no hospital e em casa.


Quais os cuidados que está a ter?

Nós não saímos com a Camila. Temos receio que fique doente. Dentro de casa os cuidados são os mesmos que tínhamos com os outros filhos, mas nas saídas evitamos. Já foi duas vezes ao médico e às vacinas. Não tenho medo de ir aos hospitais porque estão mais limpos e porque temos que proteger a Camila de outras doenças.


Como é que lidou com esta situação?

Não gosto de perder muito tempo a sofrer sobre o que não tem remédio. Esta é uma nova realidade e temos que fazer um esforço para dar o nosso melhor.


Quais os "problemas" de ter um filho com esta pandemia?

Os problemas de ordem prática é que não comprei tudo o que necessitava. Por exemplo veio o calor e a Camila não tinha roupa fresca. Tive que encomendar on-line. A questão é que acabamos por perceber que precisamos de muito menos.


Como é gerir uma escola à distância?

A verdade é que passamos muito tempo ao telefone, ao computador, mas nós somos uma equipa e com a ajuda de todos não é impossível. A Camila faz a parte dela. Tem ido a algumas reuniões e está ao meu lado a organizar tudo. Acho que temos que incluir esta experiência no seu currículo.


Como consegue conciliar a direção da escola e as tarefas de mãe?

Com muito carinho e dedicação. Acho que estes são os ingredientes principais.


Quais os problemas que esta pandemia lhe causou?

Não gosto muito de ir à rua de máscara, de falar com as pessoas e não lhes tocar ou não dar abraços. Espero que tudo isto volte à normalidade e nunca mais deixo de abraçar.


Como é que se está a adaptar a esta nova realidade?

Mas isto também trouxe coisas boas. Estamos mais solidários e atentos. Somos mais humanos, por causa de um vírus!

Desta vez foi o Miguel que decidiu entrevistar . Uma entrevista que retrata a opinião de uma professora sobre o ensino á distância

               Ser professor em tempo em pandemia


Miguel: É mais complicado trabalhar em casa ou na escola?

Professora Sílvia Araújo: É mais complicado trabalhar a partir de casa pois não existe tanta

interação com os alunos para esclarecer dúvidas e lecionar as matérias. A distância também

implica não interagir tanto com os colegas professores, o que dificulta a troca de impressões

diárias sobre as turmas.

M: Quais são as vantagens de trabalhar a partir de casa?

Prof. S.A.: A grande vantagem é o horário que se torna mais fácil de gerir/adaptar.

M.: Quais são as desvantagens do ensino á distância?

Prof. S. A.: É mais complicado controlar os alunos e a turma, não só nas aulas por vídeo

conferência, em que muitas das vezes se torna difícil envolver todos os alunos, mas também

no trabalho autónomo, uma vez que não estamos presencialmente juntos.

M.: Que medidas acha que vão ser tomadas para o regresso á escola?

Prof. S.A.: Podem passar pela divisão de turmas, caso sejam muito grandes e a implementação

de medidas de higiene restritas, como a obrigatoriedade de desinfeção das mãos à entrada e

saída das salas e o uso obrigatório de máscara.

M.: Acha o que futuro pode ser o ensino á distância?

Prof. S.A.: Não. Penso que esta toda esta situação trouxe a vantagem de abrir horizontes, quer

a professores, quer a alunos, que nos obrigou a conhecer novas ferramentas, plataformas para

interagir com os alunos. Tudo isso foi muito positivo porque nos obrigou a pesquisar e renovar

estratégias. Ainda assim, não acredito que o ensino à distância se implemente por completo. A

base do ensino é a relação professor-aluno, é a proximidade, a relação de afetos e essa

nenhuma ligação pela internet pode superar.

M.: Quais são as vantagens das novas tecnologias no ensino, tanto á distância como

presencial?

Prof. S.A.: Na minha perspetiva, a grande vantagem das novas tecnologias é a motivação que

as mesmas podem trazer à aula. Uma aula lecionada com recursos digitais acaba por ser mais

interativa, mais dinâmica e isso pode ajudar a compreender melhor os conteúdos.


Saudades do Colégio

A escola, para muitas pessoas pode ser uma 'seca'. Para mim, não! Posso conviver com

as melhores pessoas do mundo e que me acolhem todos os dias.

Começando de manhã com uma professora a dizer 'bom dia' anima-nos logo, depois

ver os amigos e professores favorito, isso sim, é cinco estrelas. Conviver com os

funcionários, que estão sempre prontos a ajudar quem for preciso, também é muito

bom. A escola é a minha segunda casa, sem dúvida!

Não esqueço, também, nunca, a força motivacional que os diretores nos dão todos os

dias.

A minha escola é um local muito importante para mim!


Comportamento das pessoas nesta pandemia

Na minha opinião o comportamento das pessoas nesta pandemia não está a ser o mais

adequado. A população em geral tem saído muito de casa o que não é nada favorável

ao combate e a diminuição da propagação da doença. Eu acho que as pessoas deviam

mudar os seus hábitos e a sua maneira de pensar, devem também pensar umas nas

outras. Durante este período de pandemia todos nós devemos fazer um esforço para

nos manter em casa para que possamos nos ajudar e também aos outros. Embora

estar dentro de casa sem poder sair seja bastante cansativo e stressante devemos

fazê-lo. Quando temos de sair por uma ocasião em especifico temos de ter

distanciamento social.

A população, para além de sair de casa por pura vontade e sem ser necessário,

também se encontra em grandes grupos o que leva a uma maior chance de

contaminação. Só todos juntos podemos fazer a diferença e combater esta pandemia.

Colégio Marca d'Água, Rua das Escolas, nº. 35 - Moinhos, 4595-158 FRAZÃO
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